MÓDULO 4

Recursos Educativos Abertos Acessíveis

Semana: 19 de maio a 1 de junho 



1. Atividades  comuns para todos os participantes: 



a) Ler e explorar os recursos recomendados.

b) Comentário individual no fórum - discussão de tema.

2. Trabalho individual ou em grupo


a) Crie um recurso educativo aberto (ou mais, em múltiplo formato) que se insira na unidade de aprendizagem planeada no módulo anterior, atendendo às acessibilidades do recurso e atribuindo uma licença que possibilite a reutilização por outros (experimente uma das ferramentas: book builder, storybird, powtoon, windows media maker… veja os demos e explore outras ferramentas no guião do curso).
A legendagem de vídeos poderá ser feita com aplicações livres como o Amara, com uma funcionalidade automática de carregamento no Youtube.

Disponibilize o URL no fórum de submissão e discussão dos trabalhos. Registe no e-portefólio individual.



b) Selecione um dos trabalhos dos seus pares e comente-o no fórum. Registe no e-portefólio individual.




MÓDULO IV

COMUNICACÃO
AUMENTATIVA E ALTERNATIVA

Comunicação alternativa/aumentativa
 Comunicação alternativa: Qualquer forma diferenciada da fala, existe simultaneamente, uma interação frente a frente; como é o caso da escrita, dos signos gestuais e de gráficos.
       Comunicação aumentativa: Reside no âmbito da comunicação complementar e/ou de apoio; possuindo em si, um duplo objetivo, a promoção e o apoio à fala e garantir a capacidade comunicativa, caso a pessoa não aprenda a falar.
Ø  Assim, a comunicação aumentativa e alternativa implicam o recorrer a formas não faladas como meio de complemento ou substituição da linguagem falada.

ELEMENTOS DOS SISTEMAS ALTERNATIVOS DE COMUNICAÇÃO
Ø  Os signos, os quais se referem a símbolos, como é exemplo a linguagem gestual;
Ø  Os gráficos, que são uma reprodução escrita ou desenhada;
Ø  Os tangíveis, feitos de madeira ou plástico que são principalmente direcionados aos invisuais.

FORMAS ALTERNATIVAS DE COMUNICAÇÃO
  • Comunicação com ajuda (a linguística requer o uso um qualquer instrumento exterior ao utilizador);
  •  Comunicação sem ajuda (aquele que comunica gera as suas próprias expressões de linguagem – como o piscar do olho para indicar “sim” ou “não”);
  • Comunicação dependente (o individuo comunica com outra pessoa recorrendo a tabelas com letras simples);
  • Comunicação independente (em que a mensagem é formulada totalmente pelo individuo, através de dispositivos de fala digitalizado ou sintetizado).

SIGNOS GESTUAIS
       As línguas gestuais utilizadas pelos surdos que diferem de país para país e possuem a sua própria estrutura com gramática e sintaxe diferentes das línguas faladas;
        Os sistemas gestuais construídos de maneira a seguir a estrutura da linguagem oral. Este tipo de sistemas de signos gestuais nunca foi utilizado entre surdos porque a sua gramática e sintaxe se adapta mal a uma linguagem de carácter visual e gestual, mas este sistema funciona bem entre pessoas que ouvem mas têm dificuldade na comunicação.
Ø   O uso de signos gestuais e fala em simultâneo possibilita uma aprendizagem mais facilitada.
SIGNOS GRÁFICOS
Signos gráficos:
       Estão ligados ao uso de tecnologias de apoio para a comunicação onde se inserem as tabelas simples de apontar até aos equipamentos baseados em suportes informáticos.
       Os mais comuns são o sistema Bliss, sistema PIC, sistema SPC e lexigramas.
       No uso dos sistemas gráficos é necessária a compreensão linguística.
       O vocabulário é feito consoante as necessidades dos utilizadores. O vocabulário de cada sistema impõe limitações quanto aos signos a aprender, devendo ser apenas considerado como uma proposta e não como um resultado. Logo, as necessidades específicas de cada utilizador devem ser decisivas relativamente aos signos a figurar na tabela de comunicação e caso não existam signos adequados, estes são inventados; mas devem corresponder ao máximo com o sistema utilizado pelo indivíduo.
Ø  Muito facilmente, se misturam diferentes sistemas de signos gráficos, diminuindo as limitações do sistema e por sua vez, dos utilizadores.

Signos gráficos mais comuns:
Ø  Sistema Bliss - são signos gráficos que não se baseiam na combinação de letras, formado por 100 signos básicos que se podem combinar para formar palavras novas e para as quais não existem signos básicos. Devido à complexidade da configuração gráfica de alguns signos, este sistema tem pouco êxito em pessoas com deficiência mental grave. Contudo, este é o sistema gráfico mais avançado disponível para pessoas não falantes, por isso as pessoas com bom desempenho intelectual mas com dificuldades na fala e problemas de leitura são as que podem beneficiar mais com os signos Bliss, desde que haja estratégias de ensino adequadas.
Ø  Sistema PIC - consiste em desenhos estilizados que formam silhuetas brancas sobre fundo preto. É fácil de entender e o seu uso tem vindo a generalizar-se rapidamente, substituindo em alguns casos a utilização do sistema Bliss em pessoas com deficiência mental grave. Contudo, os signos PIC são menos versáteis e permitem uma comunicação mais limitada que os signos Bliss. Existem apenas 400 signos PIC na versão portuguesa e a construção de palavras ou frases nem sempre é acessível. Este sistema pode ser complementado com signos de outros sistemas sempre que a situação assim o exija.
Ø  Sistema SPC - está a aumentar a sua popularidade devido, principalmente, ao elevado número de signos (cerca de 3000 signos). Os signos são desenhos de linhas simples a preto sobre fundo branco e o seu significado está escrito sobre o desenho. Algumas palavras (de, para, com…) estão apenas escritas, sem desenho. Os signos são fáceis de desenhar, podendo por isso copiar-se manualmente ou fotocopiar-se.
Ø   Sistema Rebus – representa uma abordagem diferente dos outros sistemas. Consta de mais de 2000 signos, na maioria, pictográficos e alguns ideológicos que foram concebidos como um sistema de escrita logográfica. Inicialmente foi criado para ajudar as pessoas portadoras de uma deficiência mental ligeira a aprender a ler, mais tarde, o seu uso alargou-se ao campo da comunicação alternativa. Este sistema teve bons resultados no desenvolvimento das capacidades de leitura em muitas pessoas pelo facto de se basear na combinação de signos e de significados dos mesmos. Além disso, exige poucas capacidades de leitura, pois não é necessário ler todas as letras de uma palavra.
Ø  Lexigramas - não constituem um sistema de signos gráficos completo. São um conjunto de nove elementos que se combinam e resultam em diferentes configurações (glosas). A glosa dos signos é atribuída segundo as necessidades de cada indivíduo e do seu contexto. O objetivo é que os signos não sejam pictográficos. Há três tipos de signos: ideográficos, pictográficos e representações gráficas dos signos gestuais. Estes últimos constituem a característica distinta e original que permite distinguir este sistema dos outros sistemas gráficos.

COMUNICAÇÃO POR IMAGENS
Ø  Os desenhos e fotografias: são usados muitas vezes como forma de comunicação, contudo, é necessário uma capacidade cognitiva para a sua interpretação o que nem sempre acontece.
Ø  Uma desvantagem do uso de imagens como comunicação é que estas não constituem uma utilização linguística, assim o uso de imagens como palavras pode implicar a necessidade de a pessoa desaprender a utilização original que fazia dessas mesmas imagens, o que não é aconselhável.
Ø  Mais vantajoso usar um sistema de signos gráficos em vez de imagens vulgares. Outro problema da comunicação por imagens é que, para a maioria da sociedade, as imagens não são consideradas como linguagem e os utilizadores deste sistema não são levados a sério.
Ø  A função mais importante das fotografias é talvez a de nomear as pessoas.

COMUNICAÇÃO/ESCRITA
Uma alternativa para a comunicação é a escrita normal, a maioria das pessoas dominam esta área. Uma dificuldade será para quem possuir um vocabulário limitado, pois a comunicação será mais difícil mas podem comunicar por palavras soltas.
Signos tangíveis
       Utilização de objetos como forma de comunicação, ver e tocar a forma do signo e as suas diferentes texturas. O sistema de comunicação tangível mais antigo e extenso foi criado por Premack.
       Dirigidos a pessoas com plenitude visual, são vulgarmente objetos e modelos de objetos que são escolhidos no contexto do individuo. o seu uso por vezes pode-se tornar pouco prático, pois um signo tangível pode representa algo mais do que o próprio objeto sendo mais fácil compreender  uma representação gráfica.

Exemplos:
v  Fichas Premack - Este sistema é usado sobretudo no ensino de pessoas com deficiência mental ou autismo, sendo este constituído por fichas marcadas com códigos a cores que indicam a localização de uma determinada palavra na frase.
v  Signos tácteis - Os signos têm este nome por serem identificados pelo tato, têm formas que podem ser facilmente discriminadas devido às diferentes texturas que possuem. Estes signos tangíveis foram criados para pessoas invisuais ou com uma deficiência.

REFLEXÃO DO GRUPO
A Fala, considerada a forma mais comum de comunicação entre os humanos, contudo há um número significativo de pessoas incapazes de comunicar a partir deste meio.
ü  Criar alternativas de comunicação que sejam não faladas.
ü  Há inúmeras alternativas à comunicação falada.
ü  A sociedade não se encontra preparada para aceitar as diferenças e lidar com estas. Continuando a entender a fala como única forma de expressão comunicativa, a população não se interessa nem se disponibiliza na aprendizagem de novos meios comunicativos.
ü  Nem todos somos iguais e a diferença deve ser tida em consideração, possibilitando uma vida socialmente ativa e a aquisição de aprendizagens/conhecimentos a todos os indivíduos. Por isso gera-se a necessidade de aquisição global de conhecimentos relativos aos meios de comunicação alternativos e aumentativos, para que seja possível minorar as diferenças de determinados indivíduos na sociedade em que se inserem.
Ø  A retenção de conhecimentos relativos às diversas formas de comunicação é um passo urgente a fim da igualdade social.





3 comentários:

  1. Módulo IV
    http://www.slideshare.net/celinamagoncalves/comunicaco

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  2. Adaptações tecnológicas

    Podemos definir Adaptação Tecnológica como uma Tecnologia que foi desenvolvida para todas as pessoas, mas que devido às suas características podem ser utilizadas por pessoas com necessidades educativas especiais. Referimo-nos a todo o tipo de mecanismo que determinada tecnologia oferece, que facilmente pode ser utilizada em contextos especiais, apesar dessa tecnologia não ter sido desenvolvida, especificamente para pessoas com necessidades educativas especiais.
    Toda e qualquer ferramenta tecnológica cujas características permitam trabalhar com alunos com necessidades educativas especiais é considerada uma adaptação tecnológica.
    No âmbito das adaptações tecnológicas, importa a rentabilização dos recursos pedagógicos numa perspetiva de enquadramento das características individuais do aluno e das suas necessidades específicas. Na utilização destes recursos, Software Inclusivo, impõe-se a adequação de estratégias às competências que se pretendem desenvolver, em contexto educativo, com cada aluno.
    Era fundamental que as escolas possuíssem recursos tecnológicos suficientes e que todas as crianças beneficiassem das várias tecnologias inclusivas existentes e que estas, fossem adaptadas a cada caso para que o sucesso não fosse uma miragem! Que as nossas crianças NEE resolvessem parte das suas dificuldades quer físicas quer cognitivas.

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  3. Olá, boa tarde.
    Este não foi o primeiro contato com os recursos educativos abertos acessíveis, mas foi o mais importante e mais aprofundado. É importante o domínio destas áreas, pois, permitem uma maior acessibilidade de conteúdos e formas de aprendizagem mais estimulantes que vão contribuir para que o conhecimento esteja acessível a “todos”, respeitando as diferenças e ritmos próprios.
    Aproveito para felicitar a colega Cristina, pelo seu slideshere com a historia “Miffy vai à escola” http://www.slideshare.net/CristinaNeto1/a-miffy-vai-a-escola-cc. Achei muito interessante o aproveitamento de personagens que os “miúdos” gostam para planificar e assim promover conhecimento de uma forma lúdica, acessível e simpática.

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